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Os amigos de Jesus (VI)

Santa Teresinha entendia a amizade como um participar profundo, íntimo e pessoal entre duas pessoas e, por isso, tornou-se amiga íntima de Jesus. Por ter um coração terno e sensível, tinha facilidade em fazer amigos. Não pensemos que por isso ela tenha deixado de ter decepções com as amizades humanas. Talvez por esta razão, ela nunca quis ter uma amizade particular com as pessoas do mundo, conforme aprendera em suas leituras do livro Imitação de Cristo.

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Sem dúvida alguma, a grande amizade de Santa Teresinha é Jesus. Ele é o seu doce amigo, é seu grande e único amigo. Ela lamentava pelo fato que, na hora da paixão foi pequeno o número dos que estavam com ele e acrescentava, que, ainda hoje, são raros os verdadeiros amigos de Jesus, e, infelizmente, inclusive entre os consagrados.

Diante disso ela se perguntava em suas cartas: Como não amar um amigo tão bom como Jesus, que se reduziu a nada por nós? Como temer esse amigo tão terno e bondoso? E, segundo ela, os santos são exemplo para nós, porque foram os verdadeiros amigos de Deus. Santa Teresinha também nos recorda que Jesus nos trata sempre como amigos.

E nunca é demais deixar registrado que a conduta de Jesus para com os seus amigos é sempre estável e, não volúvel como fazem as criaturas humanas. Também é verdade, segundo a Santa, que no sofrimento quem nos fere é sempre uma mão amiga. E daí decorre a decepção com as amizades humanas, conforme afirmamos acima. Ela mesmo recordava as decepções que teve com alguns amigos de Alençon, com uma amiga que lhe foi ingrata e não correspondeu à sua amizade nos tempos do pensionato e, por fim, decepcionada por nunca ter conseguido verdadeiramente ter a amizade de uma mestra no pensionato.

Apenas para esclarecer, Santa Teresinha estudou no pensionato da Abadia de Nossa Senhora do Pré, em Lisieux, dirigido pelas Irmãs Beneditinas. Nesta Abadia funcionava uma escola de formação para mocinhas, desde o século XVI, conhecida com o nome de pensionato.

E é a própria Santa quem nos convida a ser amigos de Jesus, afirmando que realmente vale a pena. “Sacrifiquemo-nos e sacrifiquemos”, afirmava, “tudo a esse amigo e, certamente, a recompensa no céu não terá comparação, pois a generosidade do amigo divino é infinita”.

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Por, Pe. Antônio Lúcio, ssp

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