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Carisma: dom do Espírito Santo

A Primeira Carta de São Paulo à comunidade de Corinto foi escrita com a finalidade de orientar a comunidade cristã acerca da unidade, que deve ser o modo de viver da igreja, pois os conflitos existentes não devem ser motivo de separação, divisão, mas, sim, oportunidades para crescimento.

As vezes, os conflitos surgem na comunidade de fé por questões insignificantes: ciúmes, por ter uma pessoa que realiza um trabalho melhor que o meu; por falta de reconhecimento pelas atividades que executo, etc. Esses sentimentos geram mal-estar no convívio comunitário e atrapalha o andamento pastoral.

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Na comunidade de fé todas as pastorais, movimentos, grupos e ministérios exercem um papel importante. Nenhuma atividade é maior ou menor que a outra; todas as atividades possuem o mesmo grau de dignidade porque estão a serviço de Cristo e da igreja. E, por isso, diante do trabalho de evangelização não deveria existir a competição, a vaidade, a superioridade. Se na comunidade cristã há vários ministérios, para cada um deles exige-se um carisma específico. Não há ser humano que possua todos os carismas. Sendo assim, na diversidade de carismas há espaço e lugar para todas as pessoas, e, por isso, ninguém deveria sentir-se rejeitado e excluído. Os inúmeros carismas são manifestados pelo Espírito (1Cor 12,4). É o Espírito que suscita homens e mulheres para serem instrumentos nas mãos de Deus.

Os carismas são diversificados e todos são importantes, cabe a nós, com discernimento, reflexão e oração, perceber qual é o nosso carisma. Em qual pastoral temos mais aptidão para evangelizar? Pastoral da Criança? Catequista? Ministro extraordinário da eucaristia? Pastoral da Saúde? Pastoral Carcerária? Em qual estado de vida nos enquadramos? Celibatário? Vida consagrada? Leigo? Missionário? Vida matrimonial? É Deus quem chama o ser humano, primeiramente à vida, e depois para uma vocação específica. Do ser humano cabe a resposta, mas sempre com discernimento, pois o discernimento auxilia na tomada de decisão-escolha.

Muitas vezes encontramos em nossas comunidades, pessoas que estão insatisfeitas numa determinada pastoral, porém, às vezes, falta coragem para deixar uma experiência para investir em outra. Isso gera dor, sofrimento, infelicidade e indisposição. Nós não podemos fazer da nossa vocação, carisma e ministério um veículo de mágoas e ressentimentos. Pelo contrário, devemos nos servir do chamamento de Deus para colaborar com a comunidade e a sociedade, a fim de que cresçam e produzam seus frutos no mundo.

O ser humano deve sentir-se realizado vocacionalmente para evangelizar com eficácia; o exercício ministerial não pode tornar um fardo insuportável. A realização e a doação ao ministério pastoral fazem com que reine a alegria e a unidade no seio eclesial e social.

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Por, Pe. Guilherme Stort

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